segunda-feira, 16 de junho de 2008

Este texto surgiu do resultado da leitura de seis livros pela coordenadora da biblioteca escolar da EB1 Cruz d’Areia, ao longo deste ano lectivo, no cantinho da leitura: O veado florido; A prenda do Henrique Semprespera; O tesouro perdido; Zebiriguidófilo; A princesa que bocejava a toda a hora e; A menina que detestava livros.

As aventuras das histórias

Era uma vez, ... não... eram cinco vezes, cinco histórias de contos de fadas e outras fantasias guardadas em cinco prateleiras, uma história em cada uma.
Cada história foi lida uma por uma ficando as palavras desarrumadas em cima de uma mesa da biblioteca da professora Susana.
Depois de um bocejo, a princesa que boceja a toda a hora repara que, à sua volta, as palavras das histórias se encontram todas baralhadas. Nesse momento sentiu-se muito assustada. Não reconhecia a sua história!
- Tenho de encontrar o meu príncipe verdadeiro. Só ele me poderá ajudar a encontrar a minha história! – pensou a princesa que bocejava a toda a hora.
Lá se pôs a caminho à procura do seu príncipe.
Após alguns passos, tropeçou no seu pai, o rei, que se encontrava em Portugal, prisioneiro dos sombras negras chamados PIDE.
A princesa que bocejava a toda a hora bem tentou falar com o seu pai mas os sombras esconderam o rei noutra história.
Ela ficou tão triste que chorou!
As lágrimas que escorriam pela sua cara caíram em cima de uma letra “v” que andava perdida por ali. Logo se começou a juntar com outras letras e formaram as palavras “Veado Florido”.
Ao tocar nestas palavras, a princesa foi levada para a história com esse nome.
Chegada lá, viu-se rodeada de animais muito raros, enjaulados em gaiolas de ferro gigantes.
O dono das gaiolas que se encontrava a dormir profundamente numa cadeira de baloiço tinha as chaves das gaiolas penduradas no cinto das suas calças. Com muito cuidado a princesa tirou as chaves do cinto e libertou todos os animais.
Com tanto barulho, o senhor acordou e a princesa, com medo, escondeu-se dentro de um baú que estava junto a uma das jaulas, abrindo-o com uma das chaves que tinha.
Ao saltar para dentro do baú encontrou o Zebiriguidófilo embrulhado numa folha de papel quadriculado. Parecia assustado e um pouco perdido!
A princesa ajudou e, ao olharem à sua volta, viram muitas fechaduras. Foram tentado abrir as portas com as chaves que a princesa tinha tirado ao dono da casa onde estava o baú e, por fim, lá conseguiram abrir uma dessas portas.
Ao passarem pela porta foram ter a um bosque coberto de neve fria.
Quase foram atropelados pelo Pai Natal que guiava uma mota a toda a velocidade pois era véspera de Natal e tinha se esquecido de entregar a prenda ao Henrique Semprespera. Ainda teve tempo para dizer à princesa que tinha deixado a palavra “príncipe” junto à lareira do seu castelo.
Caminharam durante horas e horas à procura do castelo mas parecia que não saiam do mesmo lugar.
Pararam ao ver que uma sombra os seguia já a algum tempo. Ao olharem para a sombra ela fugiu e deixou cair um mapa que lhes indicou o caminho até ao castelo.
Chegados lá, o rei e o menino conversavam enquanto esperavam pela princesa e o Zebiriguidófilo.
Foi uma grande festa em que a princesa encontrou o seu pai em liberdade e o seu castelo. O Zebiriguidófilo encontrou o seu dono que, ao vê-lo, abraçou-o com muita força e saudades!
Mas a história não termina aqui! Falta as personagens voltarem às suas histórias.
A princesa que bocejava a toda a hora lembrou-se daquilo que o Pai Natal lhe tinha dito.
Posto isto foi até a lareira do castelo. Junto desta algo brilhava!
Pegou na palavra “príncipe” e abraçou-a com muito carinho e ternura.
Como por magia, a palavra transformou-se num belo príncipe verdadeiro.
O príncipe diz à princesa:
- Temos de encontrar a Mina na biblioteca da professora Susana para lhe pedirmos que ordene as histórias.
Montaram num bonito cavalo branco com asas e, num instante, avistaram a Mina, adormecida, junto à estante dos livros de histórias.
O príncipe e a princesa acordaram-na e explicaram-lhe que ela teria de ler os cinco livros de histórias, cada um na sua prateleira.
A partir do momento em que a Mina começou a ler, as letras, as palavras e as personagens, uma a uma, foram regressando a cada história.
Também o príncipe e a princesa voltaram para o seu livro de histórias onde, até hoje, permanecem felizes.


Alunos do 1.º e 3.º ano da escola EB1 Telheiro

1 comentário:

Anónimo disse...

Esperamos que tenham gostado do texto tanto quanto nós gostámos de o escrever.

Beijinhos,

Escola EB1 Telheiro
Turma 1.º e 3.º ano